Exortação ou humilhação?

Vamos trocar uma ideia, pessoas bonitas?
*alerta de textão*
Depois de muito tempo, eu aprendi que amar as pessoas não é só falar palavras doces ou palavras que a pessoa quer ouvir. Aprendi que se queremos o bem delas, devemos falar o que elas precisam ouvir. 
O evangelho é isso. Ele nos confronta. Nos faz olhar para dentro de nós mesmos e enxergarmos o nosso eu mais sombrio, aquele que ninguém conhece e que queremos que não conheçam.
Mas ele nos mostra e nos direciona a um caminho mais excelente... Só alegria? Não.
Lutas, perdas, renúncias, sacrifícios, dores, opressões, isolamento, abandono... Tudo isso.
Mas vale a pena!
Então, nós temos que pregar isso, temos que falar sobre isso... As pessoas precisam saber que a salvação é real, mas que a perdição também é... Elas precisam saber que Jesus já pagou o preço, mas Deus tem princípios para os que creem nisso. Ponto.
Porém, tenho visto algo se repetindo constantemente e, mesmo diante de toda a minha ignorância, resolvi trocar essa ideia com vocês que quiserem:
Penso que exortação deve ser motivada pela vontade de trazer a pessoa ao arrependimento, através da exposição da verdade da Palavra (não a nossa verdade) e do confronto que a reflexão trará... Tudo guiado pelo Espírito Santo.
O que estou vendo são muitas mensagens de exortação que mais são mensagens de humilhação.
Me senti humilhado algumas vezes. E só tinha o que eu - e quem mais lesse - estava fazendo de errado, nada sobre como melhorar.
Ô, gente, exortar é amar? É!
Mas eu fui exortado e só conseguia me sentir um lixo, nada mais.
E a empatia?
Vamos pensar como o outro vai se sentir ao ler aquilo!
E querem saber?
Não estamos em um campeonato da salvação. Não tem essa de ficar feliz porque não peca mais onde o outro peca e não ir lá ajudar.
É para chorar com ele, dar apoio, ensinar como que você conseguiu passar por aquilo. Não é para ficar apontando que ele está errando, como se você nunca tivesse errado.
A nossa felicidade deve estar em saber que estamos caminhando juntos para nos encontrarmos lá no céu.
E o que está acontecendo que aparentemente só pecado sexual é pecado?
Pior, aparentemente, só o ato mesmo... Já esqueceram que basta pensar?
Santidade não tem só a ver com abstenção sexual não.
Vamos parar de querer viver como se não tivéssemos pecados... Todos pecamos, não há um justo sequer.
A impressão que dá é que estou diante de pessoas perfeitas, inalcançáveis... E eu sei que não são. Ninguém é.
A sua santidade não é para fazer você se sentir superior ao outro.
A sua sabedoria não é para fazer você se sentir superior ao outro.
O seu comprometimento não é para fazer você se sentir superior ao outro.
O seu conhecimento não é para fazer você se sentir superior ao outro.
Nada é para fazer você se sentir superior ao outro.
A palavra ensina que devemos nos considerar uns inferiores aos outros nos suportando em amor.
Sabem? Eu fico bem triste quando passo a impressão de que sou um super crente, porque não sou.
Estou tentando melhorar a cada dia, mas sei como sou mau.
Mas também fico feliz por saber que não sou como era antes.
Resumindo tudo que eu queria falar, posso dizer que:
Não faço o que faço para ser melhor do que alguém, faço para ser melhor do que eu era.
Não me interessa salvar a mim, me interessa que todos se salvem.
Importa é que Deus fique cada vez mais importante e que eu fique cada vez menos importante.
Glórias a Deus por você que chegou até aqui.
Graça e a paz!

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1 comentários

  1. não sei se foi o outro post então repetindo eu me sinto muitas vezes mal, porque vejo muitos super crentes por ai e eu nunca vou chegar a este status, nem quero mas me sinto muito mal em ser tão pecador no meio de tantos santos que já deviam ter sido canonizados, já pensei em desistir por isso!! é muito complicado meeeesmo! excelente reflexão obrigado!!

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